
Eu quero correr na chuva, eu quero sorrir e sentir o cheiro puro da água me molhando as roupas quando cai do céu, quero sentir a liberdade que posso quando corro nessa garoa, no vento, na chuva. Sem agasalho, sem companhia, sem nada. Desprotegida num lugar onde as escolhas são minhas, e de mais ninguém. Onde não importa que nota vou tirar da prova de matemática, onde eu só me importo em ser feliz. Em sorrir. Quero essa chuva, esse bosque de terra fofa que sonho toda noite. Ainda creio que meu sonho irá se concretizar, que um dia eu estarei sozinha (completamente sozinha) numa floresta cheia de grandes árvores, um lugar úmido, um lugar chuvoso, o local que mais desejo estar, livre da angústia de fazer o trabalho de história ou do fel que escorre em minha língua quando como o que não gosto. Queria ter um País das Maravilhas para mim, com aquele cheiro delicioso de terra molhada, de calma, de liberdade. Queria construir meu próprio lugar, inventar minha própria língua, porque as palavras do pleno e limitado português já não conseguem me expressar tudo o que guardo, todas as ideias que tenho, todos os pensamentos que podem mudar vidas. Mas para tudo isso ocorrer, tenho que ser livre, tenho que me libertar. Estar nessa floresta oca e gritar, sorrir, cantar. Porque onde vivo não permite isso, onde vivo permite que eu sorria, mesmo sem querer, permite que eu compre um refrigerante e beba, sem porquê. Eu preciso de um novo lugar para viver, um lugar que eu crie, um lugar que eu possa ter tudo o que precisar, mas tudo isso do meu jeito.
Excelente, adorei, queria depois de repente tentar achar fotos minhas que encaixam nos textos seus se vc me der essa honra.bjim titio
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