
Geralmente, quando me livro de problemas, fico feliz. Hoje não. Tudo quieto demais, parado demais. Silencioso demais. O arrepio da solidão me subiu pela espinha, fazendo-me tremer. Então, pensei que escrever sempre ajudava. Mas não deu certo. Palavras. No que elas vão realmente me ajudar? A tirar um peso inútil que irá voltar logo? Eu não sei porque estou assim, mas estou com medo. Não sei do que. Eu gostaria de me aquecer com algo que não fosse um cobertor. Eu queria estar coberta do calor amoroso, algo que não sinto há algum tempo. Eu queria os braços da antiga pessoa que me abarcava neles e me deixava chorar. Depois me levava para tomar sorvete. Não entendo porque essa pessoa mudou. De uma hora para outra. Eu queria poder infrentá-la, brigar com ela. Mas é essa pessoa quem manda em mim, como posso? As palavras não estão ajudando mais. Elas estão caindo em cima de mim com a força brutal da realidade. Antes eu sorria e brincava. Eu ria e fazia gracinhas. Era a mesma ridícula lesada. Essa mesma que hoje é trocada, humilhada, jogada, usada e maltratada. Antes as palavras me bloqueavam, me faziam sentir apenas a MINHA realidade. Eu sou tola. Burra. Hoje reconheço isso. Obrigada por me chamar de inútil pelas costas. Nada tem sentido, mas, se nem eu tenho, qual o problema? Tchau, cansei, palavras realmente me fazem mal.
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